Aonde nasceu o expressionismo

sábado, 15 de outubro de 2011

o Histórico do Expressionismo


                               Miguel Zhen Wen Tian 6°ANO E



                       

                                        Formado por artistas como Ernst Ludwig Kirchner (1880 - 1938), Karl Schmidt-Rottluff (1884 - 1976), Erich Heckel (1883 - 1970), Emil Nolde (1867 - 1956), Ernst Barlach (1870 - 1938), entre outros, o grupo define objetivos e procedimentos que ficam, daí por diante, associados ao movimento alemão: o caráter de crítica social da arte; as figuras deformadas, cores contrastantes e pinceladas vigorosas que rejeitam todo tipo de comedimento; a retomada das artes gráficas, especialmente da xilogravura; o interesse pela arte primitiva. Essa poética encontra sua tradução em motivos retirados do cotidiano, nos quais se observam o acento dramático e algumas obsessões temáticas, por exemplo, o sexo e a morte.
                              A arte expressionista encontra suas fontes no romantismo alemão, em sua problematica do isolamento do homem frente à natureza, assim como na defesa de uma poética sensível à expressão do irracional, dos impulsos e paixões individuais. Combina-se a essa matriz, o pós-impressionismo de Vincent van Gogh (1853 - 1890) e Paul Gauguin (1848 - 1903). Do primeiro, destacam-se a intensidade com que cria objetos e cenas, assim como o registro da emoção subjetiva em cores e linhas. Do segundo, um certo achatamento da forma, obtido com o auxílio da suspensão das sombras, o uso de grandes áreas de cor e atenção às culturas primitivas. O imaginário monstruoso do  simbolista. O pintor norueguês Edvard Munch (1863 - 1944) é talvez a maior referência do expressionismo alemão.
A dramaturgia de Ibsen e Strindberg bem como as obras de Van Gogh e Gauguin marcam decisivamente os trabalhos de Munch, em sua ênfase no sentido trágico da vida. A famosa tela O Grito, 1893 - reproduzida dois anos depois em litografia -, fornece uma chave privilegiada de acesso ao seu universo. A pessoa de aspecto fantasmático, em primeiro plano, define um foco que arrasta todo o cenário. As linhas deformadas da figura expandem-se pelo entorno, que participa da angústia do grito, emitido por ela própria, segundo algumas leituras, ou pela natureza, de acordo com Munch em texto escrito para o quadro, publicado na Revue Blanche, em 1895: "Tornei-me consciente do infinito e vasto grito da natureza". A distorção da figura que grita - ou que abafa com as mãos o grito da natureza -, sobre a qual paira a imagem da morte, afasta qualquer idéia de beleza.
                          O expressionismo conhece desdobramentos em outros grupos na Alemanha, como o Der Blaue Reiter [O Cavaleiro Azul], de Franz Marc (1880 - 1916) e Wassily Kandinsky (1866 - 1944), criado em 1911, e considerado um dos pontos altos do movimento. Após a Primeira Guerra Mundial, 1914-1918, a voga expressionista reverbera na produção dos artistas reunidos em torno da neue sachlichkeit [nova objetividade], Otto Dix (1891 - 1969) e George Grosz (1893-1959), por exemplo. Perseguido pelos nazistas em 1933 como "arte degenerada", o expressionismo é retomado após a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), num contexto de crítica ao facismo e de tematização dos horrores da guerra, cujo exemplo maior é Guernica, de Pablo Picasso (1881 - 1973).
Fora da Alemanha, manifestações de cunho expressionista aparecem na Bélgica e Holanda nas obras de Constant Permeke (1886 - 1952), Gustave de Smet (1877 - 1943), Jan Toorop, H. Werckmann e outros. Na França, trabalhos de Henri Matisse (1869 - 1954), André Derain (1880 - 1954), Raoul Dufy (1877 - 1953), Georges Rouault (1871 - 1958), Marc Chagall (1887 - 1985), Chaim Soutine (1893 - 1943) e outros dialogam, de modos diferentes, com o expressionismo alemão. É possível lembrar ainda os austríacos Egon Schiele (1890 - 1918) e Oskar Kokoschka (1886 - 1980), que desenvolvem pesquisas de franca inclinação expressionista, incentivadas pelos estudos psicanalíticos de Freud, na Viena no fim do século. Após os anos 1950, o expressionismo abstrato aparece como principal herdeiro do movimento nos Estados Unidos.
                       No Brasil, a produção dos anos 1915 e 1916 de Anita Malfatti (1889 - 1964), em trabalhos como O JaponêsA Estudante Russa e A Boba, são reveladores de seu aprendizado expressionista. Ainda no contexto modernista, é possível lembrar a forte dicção expressionista de parte da obra Lasar Segall (1891-1957) e o expressionismo sui generis de Oswaldo Goeldi (1895 - 1961). Mais para frente, com as obras de Flávio de Carvalho (1899 - 1973), e com as pinturas de Iberê Camargo (1914 - 1994), percebem-se as possibilidades abertas pela sintaxe expressionista do país.
fontes:http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3784

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